Quem já investe no Brasil pode diversificar a carteira com investimentos internacionais. Essa é uma estratégia válida para proteger seu patrimônio e aproveitar as oportunidades que um portfólio global pode trazer.
Com a diversificação, é possível se expor a economias mais fortes, o que traz mais equilíbrio e potencial de ganhos. Mas, antes de fazer esse tipo de investimento, você deve ter uma estratégia definida e entender a importância de investir fora do Brasil.
Para saber mais, continue a leitura deste artigo, veja o que são os investimentos internacionais e entenda a relevância de ter uma carteira global.
Vamos lá?
O que são investimentos internacionais?
De maneira geral, esse conceito se refere a qualquer investimento disponível em outros países. Ou seja, ele possui sua rentabilidade atrelada a algum fator que está fora do Brasil. Logo, o desempenho dos investimentos internacionais não depende das condições políticas e econômicas internas.
Vale ressaltar que esse tipo de investimento não envolve apenas o aporte em dólar nos Estados Unidos, por exemplo. Também é possível alocar recursos em alternativas dos demais países, emergentes ou consolidados.
Essa possibilidade surge como forma de evitar perdas no seu patrimônio em consequência de problemas econômicos no Brasil, como:
- inflação;
- crises políticas;
- desvalorização do real frente a outras moedas;
- entre outras questões.
Por esse motivo, muitos investidores buscam investir uma parte dos seus patrimônios no exterior — o que pode ser feito sem sair do Brasil.
Quais são os principais tipos de investimos internacionais?
Após saber o que são investimentos internacionais, é preciso entender que existem diversas alternativas disponíveis no mercado financeiro.
Entre as possibilidades, estão:
Ações de empresas estrangeiras
As ações são a menor parcela do capital social de uma empresa. Ao investir nesses ativos, você participa dos resultados e riscos do negócio. No caso dos papéis internacionais, eles são negociados na bolsa de valores de outros países.
Se você optar por investir em ações estrangeiras, é possível se expor a grandes empresas mundiais, bem como a setores diferenciados. Mas é necessário considerar os riscos. Como os papéis fazem parte da renda variável, eles estão expostos à oferta e demanda.
Bonds
Já os bonds são títulos de renda fixa emitidos no mercado internacional por empresas e Governos. O objetivo dos emissores é captar recursos para financiar seus projetos. Em contrapartida, o investidor tem a promessa de receber uma remuneração no vencimento da aplicação.
ETFs
Os ETFs (exchange traded funds), também conhecidos como fundos de índice, são veículos financeiros que visam replicar o desempenho de um indicador de mercado. É possível encontrar ETFs com exposição internacional diretamente em outros países ou mesmo no Brasil.
Isso porque os fundos brasileiros não precisam se limitar ao ambiente interno e podem espelhar índices internacionais. Então, com cotas dos ETFs negociadas em reais na bolsa de valores brasileira (B3) você pode se expor ao mercado externo.
BDRs
Mais uma forma de investir em ações internacionais e em outros ativos do exterior é por meio dos BDRs (brazilian depositary receipts). Eles são certificados emitidos e negociados no Brasil, mas com lastro em ativos estrangeiros.
É possível encontrar BDRs lastreados em ações de empresas estrangeiras, títulos de renda fixa de outros países, cotas de ETFs negociados em bolsas internacionais, entre outros. Assim, quem adquire os certificados se expõe indiretamente aos resultados dos ativos que os representam.
Qual a importância de diversificar a carteira no exterior?
Agora que você já conhece os principais tipos de investimentos internacionais, é hora de entender a importância de diversificar a carteira com essas alternativas.
Confira as vantagens que a prática pode trazer!
Descorrelação dos mercados
A descorrelação é um dos principais pontos que você deve observar ao montar uma carteira diversificada. Se os investimentos possuem uma correlação positiva forte, isso significa que eles seguem o mesmo comportamento diante de determinada condição econômica.
Por outro lado, se a correlação for negativa, significa que os resultados deles seguem direções diferentes. Já quando os investimentos são descorrelacionados, não existe um padrão para os comportamentos de um em relação ao outro diante de determinado evento do mercado.
Nesse sentido, fazer investimentos internacionais é uma oportunidade para aproveitar a descorrelação existente entre o mercado brasileiro e estrangeiro. Desse modo, se o Brasil passar por uma crise política interna, por exemplo, o contexto externo pode estar diferente.
Logo, eventuais perdas ocorridas no cenário nacional poderão ser compensadas por ganhos com os ativos internacionais. Essa é uma forma de equilibrar a carteira.
Exposição ao dólar
Ao investir no exterior, você tem a oportunidade de expor parte do seu patrimônio ao dólar. Isso é interessante porque a moeda estadunidense é uma das mais fortes e resilientes do mundo. Logo, ela tende a ser uma proteção contra as desvalorizações do real.
Essa é uma forma de dolarizar a sua carteira de investimentos e sentir menos os impactos das relações cambiais desfavoráveis. Além disso, é possível ter exposição a outras moedas fortes, como o euro.
Possibilidade de investir nas maiores empresas do mundo
Ao investir no mercado internacional, você tem a oportunidade de participar dos resultados de grandes empresas. Assim, parte do seu patrimônio estará sujeito ao desempenho de outras companhias.
Isso permite que você acesse mercados e setores que não são muito desenvolvidos no Brasil, como o de tecnologia. Portanto, existe a oportunidade de acessar empreendimentos com maior capitalização em outros mercados.
Como começar a investir fora do Brasil?
Como você viu, é possível fazer investimentos internacionais de forma direta e indireta. No primeiro caso, é preciso abrir conta em uma instituição financeira no exterior. Depois, você deve enviar dinheiro para a conta e realizar a conversão cambial.
Se você prefere investir no exterior de maneira indireta, é possível acessar os ETFs e BDRs pela própria bolsa brasileira. Esse processo tem menos burocracia e conta com segurança institucional.
Vale ressaltar que existem alternativas disponíveis nas plataformas das instituições financeiras nacionais que permitem ter exposição global. Para escolher a opção mais adequada para compor a sua carteira, é válido considerar o seu perfil de investidor e os seus objetivos financeiros.
Neste artigo, você viu a importância de fazer investimentos internacionais e ter uma carteira global. Dessa forma, é mais fácil se proteger dos riscos do mercado interno, além de consolidar o seu patrimônio.
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