Existem pessoas que já desfrutam de boas condições financeiras e construíram uma boa parte do seu patrimônio, mas não alcançaram a liberdade financeira. Ou seja, apesar de possuírem uma renda e um capital considerável, elas não têm tanta autonomia no uso do seu dinheiro.
Quem se encontra nessa situação precisa ter um cuidado redobrado, considerando que uma decisão equivocada pode fazer com que ela volte etapas na vida financeira. A boa notícia é que você pode estar a poucos passos de ser livre no trato das suas finanças, bastando alguns ajustes.
Ficou interessado no assunto? Então prossiga com a leitura deste post para saber quais medidas devem ser tomadas para você alcançar a sua liberdade financeira!
Saiba o quanto você precisa
O primeiro passo para alcançar a liberdade financeira é entender o quanto de dinheiro você realmente precisa. Afinal, o montante necessário para cobrir todas as suas despesas e ainda sobrar uma quantia para ser usada livremente pode variar de pessoa para pessoa.
Essa também é uma etapa inicial do desenvolvimento da sua educação financeira. Tenha em mente que para você ser livre financeiramente será necessário melhorar a sua relação com o dinheiro. O processo envolve ter pleno conhecimento das suas receitas e despesas.
A ideia é identificar o montante que entra no seu orçamento mensalmente, bem como a forma que ele é empregado no seu dia a dia. Assim, será possível agir para corrigir excessos, pagar dívidas e fazer sobrar mais recursos.
Planeje-se financeiramente
Sabendo o quanto você precisa para viver e o montante que entende ser interessante ter disponível para uso, será o momento de criar um planejamento financeiro. Isso significa estabelecer uma estratégia para alcançar o patamar desejado.
Existem diversas técnicas que podem ajudar nesse sentido, desde a redução do seu custo de vida à ampliação das suas fontes de renda. Uma forma de diminuir despesas é aproveitar melhor os recursos que você já tem, sem comprometer a sua qualidade de vida.
Por exemplo, você pode alternar os seus encontros sociais com atividades menos onerosas, como receber amigos e familiares na sua casa, em vez de sair para restaurantes e locais caros. O mesmo vale para compras, viagens, festas, entre outros.
Destaca-se que não é necessário cortar essas atividades da sua rotina, mas é válido considerar opções menos dispendiosas ou, ao menos, reduzir a sua frequência. A economia gerada pode ser o que falta para você alcançar a liberdade financeira.
Desse modo, você pode aproveitar o dinheiro economizado para investir em outras fontes de renda. É possível, por exemplo, explorar as múltiplas oportunidades que o mercado financeiro oferece, como você poderá ver mais adiante.
Comece a investir
Como visto, investir é um passo fundamental para quem deseja alcançar a liberdade financeira. Afinal, os investimentos possibilitam a realização de ganhos, sem que você precise exercer qualquer esforço. Dependendo da estratégia, é possível obter renda passiva e contribuir para a sua autonomia.
Nesse contexto, o dinheiro levantado no mercado pode ser aquele que garantirá a sua liberdade financeira. Como resultado, você terá maior flexibilidade em utilizar os recursos da forma como deseja, sem que isso gere problemas orçamentários ou reflexos negativos no seu patrimônio.
Porém, o interessado em começar a investir precisa se preparar para tanto. Veja o que é necessário!
Montar uma reserva de emergência
Seja para ter maior segurança no momento de investir ou desfrutar por completo da liberdade financeira, a construção de uma reserva de emergência é fundamental. Trata-se de uma quantia destinada a suprir situações inesperadas — como a perda do emprego ou doenças.
Essa reserva deve equivaler, no mínimo, a seis meses do seu custo de vida. A premissa é ter recursos suficientes para o seu próprio sustento ou para arcar com imprevistos, mesmo que não haja entrada suficiente de dinheiro, evitando que você precise mexer nos seus investimentos.
Avaliar o seu perfil de investidor e objetivos
Outro passo fundamental que antecede a realização de investimentos é a avaliação do seu perfil de investidor e objetivos. Ao fazer essa análise, você saberá o seu nível de abertura aos riscos, permitindo que suas escolhas sejam alinhadas a ele.
Na sequência, traçar objetivos facilita a escolha dos investimentos que sejam capazes de entregar os resultados desejados — seja no longo, médio ou curto prazo. Dessa forma, as chances de você evitar frustrações e alcançar suas metas financeiras serão maiores.
Entender os principais tipos de investimentos
Além de saber o seu perfil e objetivos, você precisa entender os principais tipos de investimento e como eles funcionam. No mercado, as alternativas estão inseridas em duas principais classes: a renda fixa e a renda variável.
Confira!
Renda fixa
Os investimentos de renda fixa são caracterizados por sua previsibilidade e menor risco. Isso porque eles funcionam como um empréstimo, em que o investidor cede recursos para o emissor do título, em troca de uma taxa de juros por um período específico. Entre eles, estão:
- Títulos do Tesouro Direto;
- CDBs (certificados de depósito bancário);
- LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio);
- CRIs e CRAs (certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio).
Renda variável
Já os investimentos de renda variável são conhecidos por sua volatilidade e, consequentemente, maior risco. Eles costumam ser precificados pela lei da oferta e demanda, de modo que os seus preços aumentam ou diminuem conforme a quantidade de pessoas comprando e vendendo.
São exemplos:
- Ações;
- FII (fundo imobiliário);
- FIA (fundo de ações);
- FIM (fundo multimercado);
- BDRs (brazilian depositary receipts);
- entre outros.
Diversificar e rebalancear a sua carteira
No momento de compor a sua carteira de investimentos, vale considerar a diversificação. Essa estratégia consiste em escolher mais de uma alternativa de investimento, para não limitar seus resultados, nem ficar sujeito ao mesmo tipo de risco.
Contudo, isso não significa que você tenha que pulverizar o seu capital, mas tomar decisões estratégicas que possam equilibrar o risco e o retorno do seu portfólio. Na prática, essa técnica demanda a seleção de ativos de setores ou mercados distintos e descorrelacionados ou com correlação negativa.
Por fim, é necessário fazer o acompanhamento constante dos seus resultados e, sendo o caso, rebalancear a carteira de investimentos. É comum que ao longo do tempo e com as mudanças no mercado o portfólio fique defasado, sendo necessária a readequação da sua composição.
Como você viu, a liberdade financeira é um objetivo que pode ser atingido quando é adotado um planejamento financeiro eficaz e ações inteligentes, como a realização de investimentos. Então vale a pena colocar em prática os passos que você aprendeu para alcançar a sua autonomia.
Quer aprender mais sobre o mercado financeiro? Confira o que é o tripé dos investimentos e como utilizar esse conceito para investir!